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Bitcoin ultrapassa US$112 mil – O que está por trás da disparada?
Jul 11, 2025 6:03 AM

Os preços atingem um recorde histórico, mesmo com as tensões comerciais em alta

Bitcoin ultrapassa US$112 mil: alta de 20% em 2025

Fonte: TradingView. Todos os índices são de retorno total em dólares americanos. Desempenhos passados não garantem resultados futuros. Dados de 11 de julho de 2025.

O Bitcoin subiu quase 20% no acumulado do ano, ultrapassando US$112.000 em 9 de julho, impulsionado pelo interesse institucional crescente e por um sentimento geral de otimismo. Em 11 de julho, o ativo era negociado em torno de US$117.745.

Resumo rápido: em 9 de julho, o Bitcoin finalmente ultrapassou a marca de US$112.000 pela primeira vez. Subiu cerca de 3% em um único pregão e acumula quase 20% de valorização no ano. Para quem acompanha cripto ou os mercados em geral, foi um evento relevante — especialmente numa semana em que Trump anunciava novas tarifas e as tensões comerciais globais aumentavam.

Por que agora?

Alguns fatores se uniram. Primeiro, vimos uma onda de otimismo nas ações de tecnologia, especialmente Nvidia, que atingiu momentaneamente US$4 trilhões em valor de mercado. O apetite por risco era alto, e o setor cripto se beneficiou. Em segundo lugar, muitas instituições e fundos estão comprando Bitcoin. Somente em julho, mais de US$1 bilhão entraram em ETFs spot de Bitcoin.

A atividade de negociação também contribuiu para a alta. À medida que o BTC rompeu níveis-chave, vendedores em posição curta foram forçados a encerrar — entre US$200–280 milhões em shorts foram liquidados. Esse tipo de compra forçada tende a acelerar os ralis. Além disso, muitos traders apostam que o Bitcoin chegará a US$115 mil ou até US$120 mil, mantendo o sentimento positivo vivo.

E o cenário macro?

Curiosamente, a disparada do Bitcoin aconteceu justamente quando Trump anunciou uma nova rodada de tarifas. Países como Malásia, África do Sul e Japão foram afetados por tarifas mais altas, o que normalmente assustaria os mercados. Mas desta vez, não. As ações continuaram subindo, e o Bitcoin praticamente não reagiu.

Muitos investidores estão vendo o Bitcoin como uma espécie de proteção — não apenas contra a inflação, mas também contra turbulências políticas e mudanças repentinas de políticas. Com o Fed sinalizando possíveis cortes de juros e preocupações com a dívida dos EUA em pauta, mais pessoas buscam ativos não atrelados a governos ou bancos centrais.

Quem está impulsionando o movimento?

Não são apenas investidores de varejo. A maior parte do impulso vem de instituições como hedge funds, ETFs e tesourarias corporativas. Há até rumores de que a empresa de mídia de Trump está planejando um ETF focado em Bitcoin. Pode parecer irônico, mas mostra o quanto o cripto já se tornou mainstream.

Um analista resumiu bem: este parece ser o primeiro mercado altista verdadeiramente liderado por instituições. Os dados sustentam isso. Enquanto investidores de varejo realizam lucros, os grandes compradores continuam entrando e absorvendo a oferta.

E agora?

O sentimento segue otimista. Alguns traders apontam para US$120 mil no curto prazo, enquanto outros projetam US$150 mil até o fim do ano — supondo que o cenário macroeconômico continue favorável. Claro, há alertas: com tanto uso de alavancagem, uma leve mudança de sentimento pode causar uma correção acentuada.

Mas, por agora, o Bitcoin ultrapassar os US$112 mil parece realmente um marco — especialmente em uma semana cheia de incertezas globais. De certa forma, todo esse caos pode estar ajudando na alta.